Sunday, July 25, 2004
15 dias (?)
Só para avisar que este blog vai encerrar para que eu vá de férias. Até breve!
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Só para avisar que este blog vai encerrar para que eu vá de férias. Até breve!
Wednesday, July 21, 2004
Hinos
O cidadão do mundo e o Alex andam muito entusiasmados com hinos de vários países. Eu dei um salto ao site anunciado pelo Cidadão e estive a ver letras de hinos de várias nações. Já tinha ideia disso, mas fiquei um bocado chocado ao ver a quantidade de violência presente nas letras dos hinos da grande parte dos países. Alguns exemplos:
"O lord God arise,
Scatter our enemies,
And make them fall!
Confound their knavish tricks,
Confuse their politics" -------------Do hino britânico
"Entendez vous dans les campagnes
mugir ces féroces soldats
Ils viennent jusque dans vos bras,
égorger vos fils, vos compagnes
Aux armes citoyens!
Formez vos bataillons!"--------------Do hino francês (égorger significa degolar)
"And the rockets' red glare, the bombs bursting in air,
Gave proof through the night that our flag was still there. " -----------do hino dos "states"
"Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!" ---------------------do hino português
Quase todos os hinos que vi tinham versos a aludir a cenas violentas. Curioso, fui ver os hinos de países desenvolvidos, famosos pelo seu clima de paz, progresso e civilidade. Pois é, não encontrei nenhuma referência muito concreta a violência nos hinos da Finlândia, Noruega, Suécia e Canadá. Estes hinos falam essencialmente de paisagens bonitas, céu sol, liberdade, esperança e, sem dúvida, patriotismo. Exemplos:
"The flowers in their buds that grope
Shall burst their sheaths with spring"---------do hino finlandês
"You ancient, free and mountainous North,
Of quiet, joyful beauty,
I greet you, loveliest land on earth,
Your sun, your sky, your green meadows."----------do hino sueco
"With glowing hearts we see thee rise,
The True North strong and free!"----------do hino do Canadá
Parece que não é preciso ser violento para se ser patriótico, por estes hinos.
Acho que se devia proceder a uma remodelação de hinos nacionais, pois já se encontram muito desactualizados e não dão uma boa imagem dos seus países. Só a violência é que traz o sentimento patriótico à flor da pele?
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O cidadão do mundo e o Alex andam muito entusiasmados com hinos de vários países. Eu dei um salto ao site anunciado pelo Cidadão e estive a ver letras de hinos de várias nações. Já tinha ideia disso, mas fiquei um bocado chocado ao ver a quantidade de violência presente nas letras dos hinos da grande parte dos países. Alguns exemplos:
"O lord God arise,
Scatter our enemies,
And make them fall!
Confound their knavish tricks,
Confuse their politics" -------------Do hino britânico
"Entendez vous dans les campagnes
mugir ces féroces soldats
Ils viennent jusque dans vos bras,
égorger vos fils, vos compagnes
Aux armes citoyens!
Formez vos bataillons!"--------------Do hino francês (égorger significa degolar)
"And the rockets' red glare, the bombs bursting in air,
Gave proof through the night that our flag was still there. " -----------do hino dos "states"
"Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!" ---------------------do hino português
Quase todos os hinos que vi tinham versos a aludir a cenas violentas. Curioso, fui ver os hinos de países desenvolvidos, famosos pelo seu clima de paz, progresso e civilidade. Pois é, não encontrei nenhuma referência muito concreta a violência nos hinos da Finlândia, Noruega, Suécia e Canadá. Estes hinos falam essencialmente de paisagens bonitas, céu sol, liberdade, esperança e, sem dúvida, patriotismo. Exemplos:
"The flowers in their buds that grope
Shall burst their sheaths with spring"---------do hino finlandês
"You ancient, free and mountainous North,
Of quiet, joyful beauty,
I greet you, loveliest land on earth,
Your sun, your sky, your green meadows."----------do hino sueco
"With glowing hearts we see thee rise,
The True North strong and free!"----------do hino do Canadá
Parece que não é preciso ser violento para se ser patriótico, por estes hinos.
Acho que se devia proceder a uma remodelação de hinos nacionais, pois já se encontram muito desactualizados e não dão uma boa imagem dos seus países. Só a violência é que traz o sentimento patriótico à flor da pele?
Como se formou a Lua?
Mais um post de divulgação científica.
A Lua é um satélite bizarro. Possui uma dimensão enorme e a distância a que se encontra da Terra é grande. É estranho como é que o nosso planeta tem um satélite natural assim. O facto de a Lua ser um satélite incomum é conhecido de muitos, mas já não é tão famosa a explicação mais convicente que actualmente vigora acerca da sua formação.
Durante a constituição do sistema solar, enquanto a nebulosa que havia aqui se ia concentrando e formando os astros que actualmente encontramos, não se terá formado imediatamente um planeta Terra. Em vez disso, ter-se-à formado um sistema de dois planetas, constituidos logicamente pelo mesmo material e com dimensões semelhantes. Os planetas girariam em torno de um centro de gravidade comum e, dadas as colisões que ainda ocorriam com corpos rochosos - planetesimais - que caoticamente circulavam pelo sistema, os dois planetas poderiam ter órbitas muito erráticas o que teria levado a uma colisão (mais ou menos de raspão) entre eles. Uma colisão destas fez com que uma imensa quantidade de material das zonas superficiais dos planetas se soltasse e ficasse em órbita. O que restou dos dois planetas uniu-se e formou a Terra (com um núcleo denso de Ferro). Os fragmentos em volta foram-se também unindo (lembrar que as relativamente altas temperaturas próprias da altura bem como o calor originado por tantas colisões não davam uma solidez muito grande aos corpos, pelo que era mais fácil a sua adesão) e deram origem à Lua. Esta ficou constituída por materiais que se encontram, na Terra, ao nível da crosta ou manto (dada a colisão mais ou menos superficial entre os planetas), ou seja, materiais pouco densos, provando a baixa densidade do satélite calculada actualmente. É assim que temos a nossa Lua!
Acho esta explicação pouco elegante e muito especulativa, mas é das melhorzinhas que andam por aí.
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Mais um post de divulgação científica.
A Lua é um satélite bizarro. Possui uma dimensão enorme e a distância a que se encontra da Terra é grande. É estranho como é que o nosso planeta tem um satélite natural assim. O facto de a Lua ser um satélite incomum é conhecido de muitos, mas já não é tão famosa a explicação mais convicente que actualmente vigora acerca da sua formação.
Durante a constituição do sistema solar, enquanto a nebulosa que havia aqui se ia concentrando e formando os astros que actualmente encontramos, não se terá formado imediatamente um planeta Terra. Em vez disso, ter-se-à formado um sistema de dois planetas, constituidos logicamente pelo mesmo material e com dimensões semelhantes. Os planetas girariam em torno de um centro de gravidade comum e, dadas as colisões que ainda ocorriam com corpos rochosos - planetesimais - que caoticamente circulavam pelo sistema, os dois planetas poderiam ter órbitas muito erráticas o que teria levado a uma colisão (mais ou menos de raspão) entre eles. Uma colisão destas fez com que uma imensa quantidade de material das zonas superficiais dos planetas se soltasse e ficasse em órbita. O que restou dos dois planetas uniu-se e formou a Terra (com um núcleo denso de Ferro). Os fragmentos em volta foram-se também unindo (lembrar que as relativamente altas temperaturas próprias da altura bem como o calor originado por tantas colisões não davam uma solidez muito grande aos corpos, pelo que era mais fácil a sua adesão) e deram origem à Lua. Esta ficou constituída por materiais que se encontram, na Terra, ao nível da crosta ou manto (dada a colisão mais ou menos superficial entre os planetas), ou seja, materiais pouco densos, provando a baixa densidade do satélite calculada actualmente. É assim que temos a nossa Lua!
Acho esta explicação pouco elegante e muito especulativa, mas é das melhorzinhas que andam por aí.
Tuesday, July 20, 2004
Espermatozóides não gostam de falar ao telemóvel
Há umas semanas ouvi ou li algures uma notícia (rodapés de televisão, ou qualquer coisa do género) dizendo que uma equipa de investigação, húngara (tenho quase a certeza), obtivera resultados afirmando que as radiações de telemóveis podiam matar cerca de um terço de espermatozóides em cultura. Lembro-me também de que na mesma notícia se dizia que outras equipas de investigação (rivais, certamente) diziam que estes resultados não deviam ser levados muito a sério e que não eram muito fiáveis. Nunca mais ouvi falar do estudo dos tais húngaros.
Eu de facto nunca gostei de andar com o telemóvel no bolso por causa desse problema. Fiquei a saber que o meu receio pode ter realmente bases científicas.
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Há umas semanas ouvi ou li algures uma notícia (rodapés de televisão, ou qualquer coisa do género) dizendo que uma equipa de investigação, húngara (tenho quase a certeza), obtivera resultados afirmando que as radiações de telemóveis podiam matar cerca de um terço de espermatozóides em cultura. Lembro-me também de que na mesma notícia se dizia que outras equipas de investigação (rivais, certamente) diziam que estes resultados não deviam ser levados muito a sério e que não eram muito fiáveis. Nunca mais ouvi falar do estudo dos tais húngaros.
Eu de facto nunca gostei de andar com o telemóvel no bolso por causa desse problema. Fiquei a saber que o meu receio pode ter realmente bases científicas.
Monday, July 19, 2004
Research café
Só para dar a conhecer o óptimo blog (muito mais do que isso, aliás) de ciência, português, divulgador da actividade científica que se realiza em Portugal.
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Só para dar a conhecer o óptimo blog (muito mais do que isso, aliás) de ciência, português, divulgador da actividade científica que se realiza em Portugal.
Cérebro de bilingues deteriora-se mais lentamente
Estudo demonstrou que, confrontados com teste especícico, a velocidade de reacção de pessoas que dominam duas línguas desde tenra idade é menor que a de monoglotas. O facto mais surpreendente é, contudo, o de que a diferença entre as velocidades de reacção entre estas duas categorias de pessoas aumenta com o tempo, sugerindo que o cérebro dos bilingues se preserva melhor que o dos outros. Ler descrição mais detalhada do estudo aqui.
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Estudo demonstrou que, confrontados com teste especícico, a velocidade de reacção de pessoas que dominam duas línguas desde tenra idade é menor que a de monoglotas. O facto mais surpreendente é, contudo, o de que a diferença entre as velocidades de reacção entre estas duas categorias de pessoas aumenta com o tempo, sugerindo que o cérebro dos bilingues se preserva melhor que o dos outros. Ler descrição mais detalhada do estudo aqui.
Thursday, July 15, 2004
A formiga de Langton acabou!!!
Fiquei ainda por cima a saber que o seu autor era o Vitorino Ramos, um cientista português fantástico, de currículo admirável, embora muito jovem!
Forte baixa na blogosfera :-/ (fiquei mesmo abalado, especialmente por ficar a saber que era o V. Ramos quem estava por detrás do blog; não é que não suspeitasse...)
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Fiquei ainda por cima a saber que o seu autor era o Vitorino Ramos, um cientista português fantástico, de currículo admirável, embora muito jovem!
Forte baixa na blogosfera :-/ (fiquei mesmo abalado, especialmente por ficar a saber que era o V. Ramos quem estava por detrás do blog; não é que não suspeitasse...)
Biofeedback
O biofeedback é uma técnica de tratamento cujo uso está em ascensão. Nela as pessoas são treinadas a melhorar a sua saúde usando sinais do seu próprio corpo. Por exemplo, alguém que sofra de dores de cabeça por possuir determinados músculos sempre muito contraídos pode colocar um sensor nesses músculos que mede a sua tensão. A pessoa vê os valores e aprende a baixá-los. É uma técnica eficaz (as capacidades que se têm revelado a nível de controlo corporal são fantásticas; há quem consiga aumentar ou diminuir alguns graus a temperatura de várias partes do corpo). Intriga o modo como funciona, fisiologicamente, pois não é conhecido.
Só há pouco tempo associei o termo biofeedback a esta ideia e fiquei a seber que tinha sonhado recentemente com um processo destes.
Pois estava eu cheio de sensores na cabeça e a tentar meditar. Num ecrã estava a ser exibida a minha actividade cerebral (uma linha mais ou menos agitada). Quando a linha ficava perfeitamente recta significava que eu estava em perfeita meditação. O facto de a ver assim recta ajudava-me de facto a conseguir mantê-la nesse mesmo estado. Foi uma experiência engraçada.
Para os interessados
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O biofeedback é uma técnica de tratamento cujo uso está em ascensão. Nela as pessoas são treinadas a melhorar a sua saúde usando sinais do seu próprio corpo. Por exemplo, alguém que sofra de dores de cabeça por possuir determinados músculos sempre muito contraídos pode colocar um sensor nesses músculos que mede a sua tensão. A pessoa vê os valores e aprende a baixá-los. É uma técnica eficaz (as capacidades que se têm revelado a nível de controlo corporal são fantásticas; há quem consiga aumentar ou diminuir alguns graus a temperatura de várias partes do corpo). Intriga o modo como funciona, fisiologicamente, pois não é conhecido.
Só há pouco tempo associei o termo biofeedback a esta ideia e fiquei a seber que tinha sonhado recentemente com um processo destes.
Pois estava eu cheio de sensores na cabeça e a tentar meditar. Num ecrã estava a ser exibida a minha actividade cerebral (uma linha mais ou menos agitada). Quando a linha ficava perfeitamente recta significava que eu estava em perfeita meditação. O facto de a ver assim recta ajudava-me de facto a conseguir mantê-la nesse mesmo estado. Foi uma experiência engraçada.
Para os interessados
A ética vegetariana
"Imagine-se que todos os meses vou passar um fim-de-semana ao campo e que ao passar por um dado caminho atropelo sempre uma raposa; por um motivo qualquer, há sempre raposas naquele caminho particular e eu conduzo sempre de maneira a não evitar atropelar as raposas. Todavia, bastar-me-ia desviar ligeiramente a trajectória do carro para não matar a raposa. Parece-me que este curso de acção é eticamente inaceitável, ainda que as raposas não tenham quaisquer direitos nem os seus interesses tenham peso moral. Se nada me custava desviar ligeiramente a minha trajectória, a minha insistência em matar todos os meses uma raposa é eticamente inaceitável.
Sustento que esta situação é análoga ao que temos hoje relativamente aos animais. Nada custa alterar muito ligeiramente o nosso estilo de vida, deixando de comer carne, peixe e produtos lácteos. Persistir em fazê-lo, ainda que os animais não tenham direitos nem interesses com peso moral, é moralmente equivalente ao atropelamento das raposas."
Só não percebo muito bem porque é que matar as plantas não é também um acto cruel. Qual é a diferença entre as plantas e os animais, eticamente (o próprio artigo não defende que os animais tenham direitos)?
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"Imagine-se que todos os meses vou passar um fim-de-semana ao campo e que ao passar por um dado caminho atropelo sempre uma raposa; por um motivo qualquer, há sempre raposas naquele caminho particular e eu conduzo sempre de maneira a não evitar atropelar as raposas. Todavia, bastar-me-ia desviar ligeiramente a trajectória do carro para não matar a raposa. Parece-me que este curso de acção é eticamente inaceitável, ainda que as raposas não tenham quaisquer direitos nem os seus interesses tenham peso moral. Se nada me custava desviar ligeiramente a minha trajectória, a minha insistência em matar todos os meses uma raposa é eticamente inaceitável.
Sustento que esta situação é análoga ao que temos hoje relativamente aos animais. Nada custa alterar muito ligeiramente o nosso estilo de vida, deixando de comer carne, peixe e produtos lácteos. Persistir em fazê-lo, ainda que os animais não tenham direitos nem interesses com peso moral, é moralmente equivalente ao atropelamento das raposas."
Só não percebo muito bem porque é que matar as plantas não é também um acto cruel. Qual é a diferença entre as plantas e os animais, eticamente (o próprio artigo não defende que os animais tenham direitos)?
Tuesday, July 13, 2004
Onde param as boas notícias
Para ver as más notícias basta ver qualquer telejornal, da uma ou das oito da noite.
Para ver as boas notícias, ver o magazine 2010 na dois (dá ao sábado às 19:00 e repete na terça às 15:10).
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Para ver as más notícias basta ver qualquer telejornal, da uma ou das oito da noite.
Para ver as boas notícias, ver o magazine 2010 na dois (dá ao sábado às 19:00 e repete na terça às 15:10).
Ligações
A listas de sites a que faço link neste blog vai aumentando aos poucos. Queria alertar para a sua existência e, já agora, dizer qualquer coisa sobre cada um deles.
Crítica - revista de filosofia e ensino: site bastante actualizado com críticas e comentários a livros recentemente publicados na área. Possui uma quantidade muito grande de artigos bem elaborados dentro dos mais diversos temas. Trata-se portanto de um óptimo site para professores e alunos, bem como para qualquer um que queira ler algo bem interessante.
Exploratorium - Portal do mesmo museu, existente em S. Francisco. A visita virtual é bastante engraçada e, apesar de estar mais virada para os pequenos, não deixa de poder ser muito interessante.
Economist - das revistas mais prestigiadas do mundo. Livre acesso a artigos e óptima secção de ciência e tecnologia
How stuff works: um site já famoso do qual o nome diz tudo. As explicações dadas sobre diversos fenómenos e objectos não são especialmente direccionadas para crianças, sendo até bem exaustivas, mas, contudo, de fácil apreensão.
Nasa - Agência espacial norte-americana. Acompanhem as missões espaciais da agência. Site bem feito e completo.
Nature - site da revista científica Nature. Apesar de o acesso ao grosso da revista necessitar de assinatura, há sempre algumas notícias actualizadas gratuitas, bem como alguns artigos de livre acesso.
New scientist - site da reviste americana de ciência. Também necessita de assinatura, contudo possui vários artigos gratuitos disponíveis. É de notar a inclusão dos temas "Iraq" e "September 11" dentro das "most exciting areas of science".
Science.gov: site do governo americano que serve de motor de busca para conhecimento científico disponível em cerca de 47 milhões de sites. A quantidade de resultados é imppressionante.
Science & consciousness review - revista na área das neurociências que apresenta artigos (acho que todos gratuitos) de investigação na área mais específica da consciência. Colaboração de gente importante e temas muito interessantes.
Starlogo - Starlogo é um programa destinado a simular sistemas (por programação do utilizador) auto-organizados (Abelhas que formam os favos, formigas que empilham objectos, pirilampos que "piscam" ao mesmo tempo; como sabem estes animais o modo de fazê-lo?). Neste site podem descarregar o programa a aprender muito sobre ele. Pode ser muito engraçado se se quiserem mesmo dedicar um bocado.
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A listas de sites a que faço link neste blog vai aumentando aos poucos. Queria alertar para a sua existência e, já agora, dizer qualquer coisa sobre cada um deles.
Crítica - revista de filosofia e ensino: site bastante actualizado com críticas e comentários a livros recentemente publicados na área. Possui uma quantidade muito grande de artigos bem elaborados dentro dos mais diversos temas. Trata-se portanto de um óptimo site para professores e alunos, bem como para qualquer um que queira ler algo bem interessante.
Exploratorium - Portal do mesmo museu, existente em S. Francisco. A visita virtual é bastante engraçada e, apesar de estar mais virada para os pequenos, não deixa de poder ser muito interessante.
Economist - das revistas mais prestigiadas do mundo. Livre acesso a artigos e óptima secção de ciência e tecnologia
How stuff works: um site já famoso do qual o nome diz tudo. As explicações dadas sobre diversos fenómenos e objectos não são especialmente direccionadas para crianças, sendo até bem exaustivas, mas, contudo, de fácil apreensão.
Nasa - Agência espacial norte-americana. Acompanhem as missões espaciais da agência. Site bem feito e completo.
Nature - site da revista científica Nature. Apesar de o acesso ao grosso da revista necessitar de assinatura, há sempre algumas notícias actualizadas gratuitas, bem como alguns artigos de livre acesso.
New scientist - site da reviste americana de ciência. Também necessita de assinatura, contudo possui vários artigos gratuitos disponíveis. É de notar a inclusão dos temas "Iraq" e "September 11" dentro das "most exciting areas of science".
Science.gov: site do governo americano que serve de motor de busca para conhecimento científico disponível em cerca de 47 milhões de sites. A quantidade de resultados é imppressionante.
Science & consciousness review - revista na área das neurociências que apresenta artigos (acho que todos gratuitos) de investigação na área mais específica da consciência. Colaboração de gente importante e temas muito interessantes.
Starlogo - Starlogo é um programa destinado a simular sistemas (por programação do utilizador) auto-organizados (Abelhas que formam os favos, formigas que empilham objectos, pirilampos que "piscam" ao mesmo tempo; como sabem estes animais o modo de fazê-lo?). Neste site podem descarregar o programa a aprender muito sobre ele. Pode ser muito engraçado se se quiserem mesmo dedicar um bocado.
Não, não é brincadeira
Microsoft, that imperialist of the information-technology world, has actually succeeded in patenting the human body as a computer network. US Patent 6,754,472, issued to the company on June 22nd, is for a “method and apparatus for transmitting power and data using the human body”.
(...)
What Microsoft is proposing is to use the skin's own conductive properties to transmit the data needed to create such a network. And the firm does not stop at people. A “wide variety of living animals”, it says, could be used to create computer buses, as they are known technically, in this manner.
(...)
Many people today carry a range of portable electronic devices, each with its own keypad, speaker, display, processing unit and power supply. The idea behind the patent is to get rid of some of these items. If such gizmos were networked, it would be possible to have, say, just one keypad for a mobile phone, an MP3 music player and a PDA. The keypad might even be a person's forearm.
ler texto completo aqui
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Microsoft, that imperialist of the information-technology world, has actually succeeded in patenting the human body as a computer network. US Patent 6,754,472, issued to the company on June 22nd, is for a “method and apparatus for transmitting power and data using the human body”.
(...)
What Microsoft is proposing is to use the skin's own conductive properties to transmit the data needed to create such a network. And the firm does not stop at people. A “wide variety of living animals”, it says, could be used to create computer buses, as they are known technically, in this manner.
(...)
Many people today carry a range of portable electronic devices, each with its own keypad, speaker, display, processing unit and power supply. The idea behind the patent is to get rid of some of these items. If such gizmos were networked, it would be possible to have, say, just one keypad for a mobile phone, an MP3 music player and a PDA. The keypad might even be a person's forearm.
ler texto completo aqui
Friday, July 09, 2004
Os estados mentais afectam a saúde
Esta é uma ideia relativamente nova em ciência, pelo que existem ainda vários estudos por fazer. Irei referir alguns dados já obtidos.
Em teste com pessoas com doença de coração potencialmente grave, para além de um exame ao grau de obstrucção das artérias, questionaram-se as pessoas sobre o seu estado mental(uma das perguntas era com que frequência gritavam com os filhos). As pessoas com maior grau de ira tinham a maior obstrucção e as menos zangadas tinham menor obstrucção (o que, contudo não prova uma relação directa entre ira e obstrucção...).
Examinou-se o nível de hostilidade em 2000 operários americanos. 25 anos depois, dos que tinham apresentado baixo nível de ira, cerca de 20% tinha morrido; dos mais zangados cerca de 30% tinha morrido (doenças de coração, cancro, ou causas não relacionadas com a saúde). Isto parece mostrar que pessoas cronicamente zangadas têm uma probabilidade 1,5 vezes superior de morrer num espaço de 25 anos do que as outras, mais pacíficas.
Investigadores da Harvard Medical School descobriram que a emoção mais comum antes de um ataque cardíaco é a ira.
A depressão também tem efeitos negativos na saúde: as doentes com cancro da mama mais deprimidas recuperavam mais lentamente ou viam o tumor espalhar-se mais rapidamente pelo corpo. Numa escola médica em Nova Iorque verificou-se ainda que pessoas idosas com fractura da bacia, não deprimidas, tinham uma probabilidade três vezes maior de voltar a andar que as deprimidas.
O stress ou ansiedade e a repressão ou negação são estados mentais maus também para saúde. Exemplo de negação é por exemplo o caso de pessoas que negavam estar a sentir-se agitadas, embora os dados médicos medidos fossem de elevada tensão arterial e tensão muscular. Essas pessoas, ditas "repressoras" podem ser susceptíveis a contrair doenças como a asma, tensão alta e gripes.
Por outro lado, emoções boas como o optimismo, confiança e alegria parecem aumentar o números de glóbulos brancos no sangue.
Estes factos podem ser entendidos se se perceber que há vínculos físicos entre os sistemas nervoso e imunológico. O sistema nervoso autónomo expande-se directamente para dentro da medula óssea e é capaz de regular o tipo e número de glóbulos brancos aí produzidos. A enervação da medula óssea produz mudanças na configuração do sistema imunológico, que, por sua vez, gera a produção de transmissores que efectuam modificações no cérebro.
Dados retirados do livro "Emoções que curam, conversas com o Dalai Lama".
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Esta é uma ideia relativamente nova em ciência, pelo que existem ainda vários estudos por fazer. Irei referir alguns dados já obtidos.
Em teste com pessoas com doença de coração potencialmente grave, para além de um exame ao grau de obstrucção das artérias, questionaram-se as pessoas sobre o seu estado mental(uma das perguntas era com que frequência gritavam com os filhos). As pessoas com maior grau de ira tinham a maior obstrucção e as menos zangadas tinham menor obstrucção (o que, contudo não prova uma relação directa entre ira e obstrucção...).
Examinou-se o nível de hostilidade em 2000 operários americanos. 25 anos depois, dos que tinham apresentado baixo nível de ira, cerca de 20% tinha morrido; dos mais zangados cerca de 30% tinha morrido (doenças de coração, cancro, ou causas não relacionadas com a saúde). Isto parece mostrar que pessoas cronicamente zangadas têm uma probabilidade 1,5 vezes superior de morrer num espaço de 25 anos do que as outras, mais pacíficas.
Investigadores da Harvard Medical School descobriram que a emoção mais comum antes de um ataque cardíaco é a ira.
A depressão também tem efeitos negativos na saúde: as doentes com cancro da mama mais deprimidas recuperavam mais lentamente ou viam o tumor espalhar-se mais rapidamente pelo corpo. Numa escola médica em Nova Iorque verificou-se ainda que pessoas idosas com fractura da bacia, não deprimidas, tinham uma probabilidade três vezes maior de voltar a andar que as deprimidas.
O stress ou ansiedade e a repressão ou negação são estados mentais maus também para saúde. Exemplo de negação é por exemplo o caso de pessoas que negavam estar a sentir-se agitadas, embora os dados médicos medidos fossem de elevada tensão arterial e tensão muscular. Essas pessoas, ditas "repressoras" podem ser susceptíveis a contrair doenças como a asma, tensão alta e gripes.
Por outro lado, emoções boas como o optimismo, confiança e alegria parecem aumentar o números de glóbulos brancos no sangue.
Estes factos podem ser entendidos se se perceber que há vínculos físicos entre os sistemas nervoso e imunológico. O sistema nervoso autónomo expande-se directamente para dentro da medula óssea e é capaz de regular o tipo e número de glóbulos brancos aí produzidos. A enervação da medula óssea produz mudanças na configuração do sistema imunológico, que, por sua vez, gera a produção de transmissores que efectuam modificações no cérebro.
Dados retirados do livro "Emoções que curam, conversas com o Dalai Lama".
Wednesday, July 07, 2004
J.G. Ballard
Este britânico de 73 anos, autor do livro "Crash" publicou recentemente outro romance: "Millenium people", ainda não traduzido em português.
As críticas são praticamente unânimes em considerar este um dos melhores autores contemporâneos. O seu novo livro trata de violência. A violência instala-se na classe média londrina que inicia uma revolução, despoletando variados actos violentos despropositados.
Para Ballard a violência veio para ficar na nossa sociedade, sendo mesmo uma necessidade para esta. É característico de um mundo sem nenhuma verdadeira guerra mundial a decorrer e já relativamente longe das últimas. A violência vai-se instalando aos poucos mais e mais nas nossas vidas.
Ver mais sobre o autor aqui
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Este britânico de 73 anos, autor do livro "Crash" publicou recentemente outro romance: "Millenium people", ainda não traduzido em português.
As críticas são praticamente unânimes em considerar este um dos melhores autores contemporâneos. O seu novo livro trata de violência. A violência instala-se na classe média londrina que inicia uma revolução, despoletando variados actos violentos despropositados.
Para Ballard a violência veio para ficar na nossa sociedade, sendo mesmo uma necessidade para esta. É característico de um mundo sem nenhuma verdadeira guerra mundial a decorrer e já relativamente longe das últimas. A violência vai-se instalando aos poucos mais e mais nas nossas vidas.
Ver mais sobre o autor aqui
semelhança (?)
A parecença entre as palavras santanismo e satanismo é arrepiante.
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A parecença entre as palavras santanismo e satanismo é arrepiante.
o outro "eu"
O sistema nervoso forma o cérebro, a estrutura que nos dá a consciência e através da qual temos controlo sobre muitos processos corporais. Existe um outro eu, contudo, no corpo, de importância elevadíssima, mas sobre o qual não temos qualquer controlo directo. É o sistema imunológico.
"-Por exemplo, se o meu corpo estiver stressado enquanto me exercito, por si só é capaz de reconhecer o que precisa e decidir que hormonas deve aumentar ou diminuir. Toda esta sabedoria tem lugar sem que o meu eu linguisticamente consciente o saiba, mas ao mesmo tempo sou eu, num certo sentido importante.
- Está a dizer que existem quase dois eus paralelos.
- Esse é exactamente o meu ponto de vista. Um é o eu a que todos estamos acostumados e ao qual atribuímos um nome; o outro simplesmente não possui nenhuma descrição linguística, de modo que só podemos vê-lo através dos seus efeitos"
in "Emoções que curam, conversas com o Dalai Lama"
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O sistema nervoso forma o cérebro, a estrutura que nos dá a consciência e através da qual temos controlo sobre muitos processos corporais. Existe um outro eu, contudo, no corpo, de importância elevadíssima, mas sobre o qual não temos qualquer controlo directo. É o sistema imunológico.
"-Por exemplo, se o meu corpo estiver stressado enquanto me exercito, por si só é capaz de reconhecer o que precisa e decidir que hormonas deve aumentar ou diminuir. Toda esta sabedoria tem lugar sem que o meu eu linguisticamente consciente o saiba, mas ao mesmo tempo sou eu, num certo sentido importante.
- Está a dizer que existem quase dois eus paralelos.
- Esse é exactamente o meu ponto de vista. Um é o eu a que todos estamos acostumados e ao qual atribuímos um nome; o outro simplesmente não possui nenhuma descrição linguística, de modo que só podemos vê-lo através dos seus efeitos"
in "Emoções que curam, conversas com o Dalai Lama"
Sunday, July 04, 2004
Site dele
Lembrei-me de ir ver o site do catalão que marcou golo humano no estádio da luz na final do euro 2004
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Lembrei-me de ir ver o site do catalão que marcou golo humano no estádio da luz na final do euro 2004
Síndrome da medriquice americana...
tem o seu novo expoente no site www.ready.gov (do department for homeland security).
Informação muito útil, sem dúvida. Vejam também a secção para crianças.
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tem o seu novo expoente no site www.ready.gov (do department for homeland security).
Informação muito útil, sem dúvida. Vejam também a secção para crianças.
Divergindo para nos encontrarmos e separarmo-nos novamente...
Depois do ser humano sair de África iniciou-se a sua expansão e fixação por todo o planeta. Deste modo, com o passar de centenas e centenas de milhar de anos, ocorreu uma gradual diferenciação genética da espécie humana, motivada pelas diferentes condições ambientais encontradas bem como, obviamente, pela separação geográfica entre os indivíduos. Esta separação manteve-se muito forte até há bem poucos anos. Nas últimas décadas tem-se assistido a uma aproximação espectacular entre povos de todo o planeta. Será então de esperar, a um muito longo prazo, uma nova aproximação genética na espécie humana? Acho que sim, que tendemos nos próximos milhares de anos para nos aproximarmos dum modelo de ser humano mais unificado. Penso isto baseando-me no facto de que as espécies divergem por separação geográfica, por impossibilidade de mistura contínua.
Especulando ainda mais, num futuro longínquo (ou nem tanto) em que a humanidade efectue uma expansão a nível da galáctico, deverá iniciar-se uma nova separação genética. Com a fixação de seres em diferentes regiões da galáxia, certamente também com condições ambientais diferentes, será favorecida a especiação do ser humano.
Quem sabe se depois ainda nos voltamos a encontrar...
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Depois do ser humano sair de África iniciou-se a sua expansão e fixação por todo o planeta. Deste modo, com o passar de centenas e centenas de milhar de anos, ocorreu uma gradual diferenciação genética da espécie humana, motivada pelas diferentes condições ambientais encontradas bem como, obviamente, pela separação geográfica entre os indivíduos. Esta separação manteve-se muito forte até há bem poucos anos. Nas últimas décadas tem-se assistido a uma aproximação espectacular entre povos de todo o planeta. Será então de esperar, a um muito longo prazo, uma nova aproximação genética na espécie humana? Acho que sim, que tendemos nos próximos milhares de anos para nos aproximarmos dum modelo de ser humano mais unificado. Penso isto baseando-me no facto de que as espécies divergem por separação geográfica, por impossibilidade de mistura contínua.
Especulando ainda mais, num futuro longínquo (ou nem tanto) em que a humanidade efectue uma expansão a nível da galáctico, deverá iniciar-se uma nova separação genética. Com a fixação de seres em diferentes regiões da galáxia, certamente também com condições ambientais diferentes, será favorecida a especiação do ser humano.
Quem sabe se depois ainda nos voltamos a encontrar...