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Thursday, July 15, 2004

A ética vegetariana

"Imagine-se que todos os meses vou passar um fim-de-semana ao campo e que ao passar por um dado caminho atropelo sempre uma raposa; por um motivo qualquer, há sempre raposas naquele caminho particular e eu conduzo sempre de maneira a não evitar atropelar as raposas. Todavia, bastar-me-ia desviar ligeiramente a trajectória do carro para não matar a raposa. Parece-me que este curso de acção é eticamente inaceitável, ainda que as raposas não tenham quaisquer direitos nem os seus interesses tenham peso moral. Se nada me custava desviar ligeiramente a minha trajectória, a minha insistência em matar todos os meses uma raposa é eticamente inaceitável.

Sustento que esta situação é análoga ao que temos hoje relativamente aos animais. Nada custa alterar muito ligeiramente o nosso estilo de vida, deixando de comer carne, peixe e produtos lácteos. Persistir em fazê-lo, ainda que os animais não tenham direitos nem interesses com peso moral, é moralmente equivalente ao atropelamento das raposas."



Só não percebo muito bem porque é que matar as plantas não é também um acto cruel. Qual é a diferença entre as plantas e os animais, eticamente (o próprio artigo não defende que os animais tenham direitos)?

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