Saturday, January 28, 2006
"I am a brain, my dear Watson, and the rest of me is a mere appendage." — Sherlock Holmes
Vou vos passar as reflexões de um brilhante neurocientista indiano - V.S. Ramachandran - com o qual não me importava nada de vir a trabalhar :-p! (by the way, "vat" significa tina ou algo como um frasco)
"Lets advance to a point of time where we know everything there is to know about the intricate circuitry and functioning of the human brain. With this knowledge, it would be possible for a neuroscientist to isolate your brain in a vat of nutrients and keep it alive and healthy indefinitely.
Utilizing thousands of electrodes and appropriate patterns of electrical stimulation, the scientist makes your brain think and feel that it's experiencing actual life events. The simulation is perfect and includes a sense of time and planning for the future. The brain doesn't know that its experiences, its entire life, are not real. Further assume that the scientist can make your brain "think" and experience being a combination of Einstein, Mark Spitz, Bill Gates, Hugh Heffner, and Gandhi, while at the same time preserving your own deeply personal memories and identity (there's nothing in contemporary brain science that forbids such a scenario). The mad neuroscientist then gives you a choice. You can either be this incredible, deliriously happy being floating forever in the vat or be your real self, more or less like you are now (for the sake of argument we will further assume that you are basically a happy and contended person, not a starving pheasant). Which of the two would you pick?
I have posed this question to dozens of scientists and lay people. A majority argue "I'd rather be the real me." This is an irrational choice because you already are a brain in a vat (the cranial cavity) nurtured by cerebrospinal fluid and blood and bombarded by photons. When asked to select between two vats most pick the crummy one even though it is no more real than the neuroscientist's experimental vat. How can you justify this choice unless you believe in something supernatural?"
leiam tudo aqui.
Atenção! este blog agora tem música! Vejam aqui ao lado esquerdo (não pus o play automático porque sei que é irritante)
Wednesday, January 04, 2006
Quanto vale o presente
Se lhe perguntassem: "prefere um euro agora ou um euro amanhã?" provavelmente responderia que o queria agora, pois quem sabe o que o futuro guarda! Mas e se lhe perguntassem: "prefere um euro agora ou um euro e meio amanhã?" Aqui muita gente mais racional talvez preferisse a quantia mais elevada que, contudo, não é imediata; alguns continuariam a querer o dinheiro logo, embora seja uma menor quantia; se calhar outros ficariam apenas indecisos. Para cada pessoa certamente existirá um valor de equilíbrio para o qual seja indiferente agora ou depois.
Mas lhe perguntassem: "prefere um euro na próxima terça-feira ou um euro e meio na quarta-feira seguinte?". Neste caso, uma maior distância temporal, não estando em jogo o presente, torna a decisão muito mais fácil (a decisão que parece óbvia é a de aceitar mais dinheiro na quarta-feira).
Alguém que prefira menos dinheiro no presente, mas depois já opte por uma maior quantia se falarmos em datas mais afastadas está perante um conflito. Está a usar dois pesos e duas medidas. A mudança de critérios não foi causada por nada mais que a passagem do tempo. Há um conflito intertemporal nas nossas escolhas.
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Se lhe perguntassem: "prefere um euro agora ou um euro amanhã?" provavelmente responderia que o queria agora, pois quem sabe o que o futuro guarda! Mas e se lhe perguntassem: "prefere um euro agora ou um euro e meio amanhã?" Aqui muita gente mais racional talvez preferisse a quantia mais elevada que, contudo, não é imediata; alguns continuariam a querer o dinheiro logo, embora seja uma menor quantia; se calhar outros ficariam apenas indecisos. Para cada pessoa certamente existirá um valor de equilíbrio para o qual seja indiferente agora ou depois.
Mas lhe perguntassem: "prefere um euro na próxima terça-feira ou um euro e meio na quarta-feira seguinte?". Neste caso, uma maior distância temporal, não estando em jogo o presente, torna a decisão muito mais fácil (a decisão que parece óbvia é a de aceitar mais dinheiro na quarta-feira).
Alguém que prefira menos dinheiro no presente, mas depois já opte por uma maior quantia se falarmos em datas mais afastadas está perante um conflito. Está a usar dois pesos e duas medidas. A mudança de critérios não foi causada por nada mais que a passagem do tempo. Há um conflito intertemporal nas nossas escolhas.