Tuesday, September 06, 2005
Deus sináptico
Um médico, em 1990, reparou que em "A criação de Adão" de Miguelângelo, presente no tecto da capela sistina, Deus se movia num cérebro. A partir daí não pararam de surgir ligações entre aquela figura e o conhecimento que se tem actualmente sobre o órgão. São várias as ligações, algumas delas realmente fantásticas. Por exemplo, aquele lencinho azul descreve as curvas de um vaso sanguíneo realmente existente; a forma do cérebro desenhado representa com precisão os contornos de um verdadeiro cérebro, com uma precisão cirúrgica, dizem os especialistas. Há um pé de um anjo, em baixo, que se assemelha imenso à glândula pituitária que ali se encontra. Mas existem outras coisas espantosas. Há um anjo triste debaixo do braço direito de Deus, precisamente no local activado, sabe-se hoje, quando alguém experimenta um pensamento triste. O braço direito de Deus também está colocado sobre o córtex pré-frontal, a zona mais humana e onde se pensa estar localizado o pensamento criativo, etc, peculiariedade humana expressa depois através da sua incrível habilidade manual e capacidade de construir coisas. Deus ocupa também uma zona do cérebro denominada sistema límbico, o centro emocional do cérebro. Outro pormenor extremamanete curioso é a ligação a Adão. Os dedos de ambos aproximam-se imenso sem, no entanto, se tocarem. Dá a sensação de que Deus, através de uma faísca dá vida ao homem. Tal assemelha-se às sinapses (na outra imagem), os pontos de ligação entre neurónios, que através de fenómenos electroquímicos são responsáveis por tudo o que somos e fazemos.
Claro que agora se deve perguntar "Como era possível Miguelângelo saber disso tudo?". Sabe-se apenas que ele se dedicava a estudos anatómicos com cadáveres. Daí deve vir o rigor da forma do cérebro. Tudo o resto é coincidência, penso eu. No entanto, tudo o resto revela a fantástica sensibilidade do artista.
Para acabar, junto-me a alguns numa interpretação engraçada desta representação: Miguelângelo pode querer dizer-nos que Deus não existe senão nas nossas cabeças!
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Um médico, em 1990, reparou que em "A criação de Adão" de Miguelângelo, presente no tecto da capela sistina, Deus se movia num cérebro. A partir daí não pararam de surgir ligações entre aquela figura e o conhecimento que se tem actualmente sobre o órgão. São várias as ligações, algumas delas realmente fantásticas. Por exemplo, aquele lencinho azul descreve as curvas de um vaso sanguíneo realmente existente; a forma do cérebro desenhado representa com precisão os contornos de um verdadeiro cérebro, com uma precisão cirúrgica, dizem os especialistas. Há um pé de um anjo, em baixo, que se assemelha imenso à glândula pituitária que ali se encontra. Mas existem outras coisas espantosas. Há um anjo triste debaixo do braço direito de Deus, precisamente no local activado, sabe-se hoje, quando alguém experimenta um pensamento triste. O braço direito de Deus também está colocado sobre o córtex pré-frontal, a zona mais humana e onde se pensa estar localizado o pensamento criativo, etc, peculiariedade humana expressa depois através da sua incrível habilidade manual e capacidade de construir coisas. Deus ocupa também uma zona do cérebro denominada sistema límbico, o centro emocional do cérebro. Outro pormenor extremamanete curioso é a ligação a Adão. Os dedos de ambos aproximam-se imenso sem, no entanto, se tocarem. Dá a sensação de que Deus, através de uma faísca dá vida ao homem. Tal assemelha-se às sinapses (na outra imagem), os pontos de ligação entre neurónios, que através de fenómenos electroquímicos são responsáveis por tudo o que somos e fazemos.
Claro que agora se deve perguntar "Como era possível Miguelângelo saber disso tudo?". Sabe-se apenas que ele se dedicava a estudos anatómicos com cadáveres. Daí deve vir o rigor da forma do cérebro. Tudo o resto é coincidência, penso eu. No entanto, tudo o resto revela a fantástica sensibilidade do artista.
Para acabar, junto-me a alguns numa interpretação engraçada desta representação: Miguelângelo pode querer dizer-nos que Deus não existe senão nas nossas cabeças!
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