Wednesday, August 24, 2005
'Zadig ou la destinée' ou Sísifo
Hoje, depois uma série de experiências ao longo do dia, sentia-me mesmo bem. Foi um cocktail único, como o de todos os dias, mas que teve resultado diferente, especial e bom. Talvez seja essencialmente por ter lido um livro inteiro de Voltaire, juntando a prática de yoga... Cheguei ao fim do dia sentindo-me bem diferente do que estava de manhã ou ontem à noite.
Tenho andado nestes dias a pensar em como vou inscrever a passagem para os dezoito; que hei-de experimentar. Hoje, sem saber descrever muito bem o que aconteceu, acho que subi mais um degrau ou passei mais uma porta.
Durante alguns momentos, depois de pousar o livro, percebi que ia começar tudo agora e que eu até estava extremamente bem apetrechado para esse tudo que me espera; percebi que realmente irei poder fazer coisas verdadeiramente boas e talvez mais.
Mas, logo a seguir, tomou-me grande angústia; pensei, então, que já em outros dias à noite alcançara este tipo de estado, uma claridade deste género. De facto, reparei que à noite, muitas vezes, como se o dia tivesse sido uma vida, tomava a pureza de pensamento de um velho eremita. E, então, percebi que de manhã, depois das horas de sono, voltava a nascer, como que vazio de experiência... preguiçoso, resmungão e com falta de paciência... Com a memória RAM em branco.
Hoje não queria ir dormir para prolongar sei lá até quando esta espécie de bem estar. Mas estou, de certa maneira, condenado como Sísifo.
Espero bem amanhã lembrar-me melhor de hoje do que hoje me lembrei de ontem e assim sucessivamente.
De qualquer maneira, nada anula aquela sensação relativa aos meus anos futuros e que já descrevi acima.
Pode ser, também, que com várias noites assim vá construindo qualquer coisa para me elevar no resto das horas.
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Hoje, depois uma série de experiências ao longo do dia, sentia-me mesmo bem. Foi um cocktail único, como o de todos os dias, mas que teve resultado diferente, especial e bom. Talvez seja essencialmente por ter lido um livro inteiro de Voltaire, juntando a prática de yoga... Cheguei ao fim do dia sentindo-me bem diferente do que estava de manhã ou ontem à noite.
Tenho andado nestes dias a pensar em como vou inscrever a passagem para os dezoito; que hei-de experimentar. Hoje, sem saber descrever muito bem o que aconteceu, acho que subi mais um degrau ou passei mais uma porta.
Durante alguns momentos, depois de pousar o livro, percebi que ia começar tudo agora e que eu até estava extremamente bem apetrechado para esse tudo que me espera; percebi que realmente irei poder fazer coisas verdadeiramente boas e talvez mais.
Mas, logo a seguir, tomou-me grande angústia; pensei, então, que já em outros dias à noite alcançara este tipo de estado, uma claridade deste género. De facto, reparei que à noite, muitas vezes, como se o dia tivesse sido uma vida, tomava a pureza de pensamento de um velho eremita. E, então, percebi que de manhã, depois das horas de sono, voltava a nascer, como que vazio de experiência... preguiçoso, resmungão e com falta de paciência... Com a memória RAM em branco.
Hoje não queria ir dormir para prolongar sei lá até quando esta espécie de bem estar. Mas estou, de certa maneira, condenado como Sísifo.
Espero bem amanhã lembrar-me melhor de hoje do que hoje me lembrei de ontem e assim sucessivamente.
De qualquer maneira, nada anula aquela sensação relativa aos meus anos futuros e que já descrevi acima.
Pode ser, também, que com várias noites assim vá construindo qualquer coisa para me elevar no resto das horas.
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